ERA UMA VEZ O CINEMA


Silêncio nas Trevas (1946)

cover Silêncio nas Trevas

link to Silêncio nas Trevas on IMDb

País: USA, 83 minutos

Titulo Original: The Spiral Staircase

Diretor(s): Robert Siodmak

Gênero(s): Suspense, Terror, Drama, Mistério

Legendas: Português,Inglês, Espanhol

Tipo de Mídia: Cópia Digital

Tela: 16:9 Widescreen

Resolução: 1280 x 720, 1920 x 1080

Avaliação (IMDb):
star star star star star star star star star star
7.4/10 (8798 votos)

DOWNLOAD DO FILME E LEGENDA

INDICAÇÕESstar star star star star

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Ethel Barrymore)

Sinopse: Silêncio nas Trevas abre com um assassinato e, ao mesmo tempo, com uma homenagem aos primeiros tempos do cinema. A primeira moça estrangulada pelo criminoso, em uma cena cuidadosamente coreografada por Siodmak, é morta dentro de uma casa especializada em sessões cinematográficas, uma espécie de pensão que abriga um cinema pré-histórico improvisado montado no andar térreo. Helen está vendo um filme mudo – uma ironia feroz, considerando a condição da garota – quando o crime acontece. Ato contínuo, ela volta para a casa onde mora, sob uma pesada tempestade que irá continuar por toda a noite.

Logo, a polícia descobre que os rastros do assassino após o crime vão até a mansão onde Helen morre. Não que isso surpreenda o espectador, já que antes, em uma seqüência particularmente tensa, podemos ver o vulto ameaçador de um homem acompanhando o trajeto da moça pelos jardins enlameados da mansão. Já sabendo que o suspeito ataca apenas mulheres com defeitos físicos, os policiais passam a acreditar que Helen é a potencial próxima vítima. Só não conseguem prever que o assassino tem intenção de agir naquela mesma noite.

A construção da atmosfera sombria de “Silêncio nas Trevas” é perfeita. Utilizando com muita propriedade os cenários góticos da mansão vitoriana, Robert Siodmak aproveita os amplos espaços escuros para criar seqüências estilizadas, especialmente quando a ação dramática desce até o escuro e úmido porão, iluminado apenas pelas chamas de uma vela. A fotografia esplêndida de Nicholas Musuraca enfatiza os contrastes claro/escuro com muita competência, criando alguns momentos de pavor genuíno quando a perspectiva narrativa muda e a câmera mostra o assassino, dando sempre um jeito de escondê-lo nas sombras. Muito bom.

Porém, ao contrário do que muitos podem pensar, este não é um filme noir. “Silêncio nas Trevas” bebe diretamente da fonte expressionista – não devemos esquecer que o visual noir foi calcado nas experiências alemãs feitas pela mesma geração de Robert Siodmak, nas décadas de 1920 e 1930. Em temática, o longa-metragem difere radicalmente das tramas vulgares e ríspidas que sempre caracterizaram o estilo noir. “Silêncio nas Trevas” é mais Agatha Christie e menos Raymond Chandler. Enfatiza a elegância fleumática dos europeus em detrimento dos detetives chumbados de uísque dos norte-americanos. 

Elenco: